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terça-feira, 25 de outubro de 2011

OLHOS DE GATO PRETO




Nada sei mais de mim
Nesses dias que vão e vem
Nesses dias intermináveis
Nesses dias que parecem não ter fim
Num girar louco que causa sufoco
Na espera insensata do que parece intermitente e inviável
No que parece ser instável e até execrável
Sob o lume de olhos de gato preto
Na encruzilhada do arvoredo de quina ao penedo
No lugar os mortos ejaculam segredos a meia luz
E onde os vivos conspiram contra as linhas tortas do destino.

2 comentários:

  1. Isso me toca profundamente...
    Um encruzilhada - para onde ir?! Qual o caminho certo?!
    E no silêncio da madrugada - mortos/vivos alinhavam nossos destinos...

    LL

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  2. Boa escrita, muito boa mesmo. Uso das palavras num tom de suspense e certo terror ficou muito bom, parabéns!

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