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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

FLOR NO CABELO


FLOR NO CABELO

Flor no cabelo...
Enlevo
Ensejo
Esquartejo
Da falta de traquejo
Em sobejo
Que vejo e revejo
Diante do espelho
No qual percebo
Que o desmantelo
Não está na flor
Não está no cabelo
Não está no que almejo
Está no corpo
Ao qual desejo
Que esteja sem flor
E sem cabelo
Esteja apenas
Ensimesmado
Pelo lampejo
Que parecia pena
Mas é perda
Quiçá peleja
Quer queira
Ou não queira
Entre um ou outro
Levantar das sobrancelhas.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CEMITÉRIO DE AMORES






No meu cemitério interior

Jaz tantos amores inglórios

Uns com memória

Outros sem história

Uns dentro de covas rasas

Outros em vala-comum

Alguns morreram feto

Poucos morreram senis;

E os demais eu mesmo matei

E alguns foram enterrados vivos

Por puro vício e castigo

Que me perdoem todos foi preciso.

Um ou dois cometeram suicídio

E um ou outro sepultei como indigente

Sem direito a lápide, a coroa de flores

A visita no dia de finados ou vela no quarto

Nem epitáfio de identificação ou oração.

E assim vago entre esses amores mortos

Nesse necrópole de sentimentos ausentes

Localizado em algum lugar perdido

Nisso que chamam coração

E nesse cemitério sendo o coveiro

Eu cuido de tudo do nascimento ao enterro.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

TERRA & PÃO


Para o cemitério
Todos estamos indo para lá
Seja de onde vier
Seja de qualquer lugar
Não tem jeito
Não adianta relutar
Ele é o nosso eterno lar
E querendo ou não
É regra sem exceção
A hora da infinita comunhão
Pois da terra somos o pão.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

OLHOS DE GATO PRETO




Nada sei mais de mim
Nesses dias que vão e vem
Nesses dias intermináveis
Nesses dias que parecem não ter fim
Num girar louco que causa sufoco
Na espera insensata do que parece intermitente e inviável
No que parece ser instável e até execrável
Sob o lume de olhos de gato preto
Na encruzilhada do arvoredo de quina ao penedo
No lugar os mortos ejaculam segredos a meia luz
E onde os vivos conspiram contra as linhas tortas do destino.

RASGA-MORTALHA


Na vereda fria e escura que vislumbro atemporalmente

Ouço o ciciar do vento entre as folhagens

Ouço os ruídos de insetos nos confins da noite

Ouço o medo congelar os ossos como açoite

E assim sigo veementemente sorrateiro

No desbravar incógnito de ser sonho ou pesadelo

E nesse desmantelo eloquente e soturno

Vejo-me frente a frente com meus fantasmas mais temidos

Que chamam por mim entre grunhidos, gemidos e agravos

E nesse intervalo crucial me descubro rosa e cravo

Em seguida algo prende meu maxilar e minha jugular

No entremeio desse duelo agonizante reverbero a alma do umbral

Sinto uma apunhalada no coração fazer jorrar a vermelhidão da decepção

Enquanto isso uma adaga ágil e afiada despetala a rosa e decepa o cravo

Então reencontro sentido das coisas no meio do nada que brota em forma de copas

E didaticamente esquartejo o malfazejo que no seu vil desdenhar some na imensidão

E que intensamente me devora da forma mais inclemente e inglória.

DROPS DE MENTA (HallS)

Para as lacunas do vazio
As margens do rio
As roupas de frio
As amarras de fios
E nada de arrepios
Ou calafrios.

Para as lacunas do vazio
Mais brio
Mais assobio
Menos invio
Menos exício
Menos estio

Para as lacunas do vazio
Esvaziamento emergencial
Das toxinas da carnificina
Que fluem nitidamente
Da tosca visão que te alimenta
Nesse gosto que fica na boca
De dropes sabor de menta.


OBS.:ESSE POEMA É PARA UM AMIGO QUERIDO PERDIDO NO TEMPO E SUA INFINITA E REPLICANTE SOLIDÃO.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A 4 MÃOS





O meu amor é infinito.
O meu amor não cabe em si de tanto contentamento.
Eu só sei te amar.
Eu só sei te amar mais cada vez mais.
Eu sou capaz de dar a minha vida pra ficar contigo.
Eu seria capaz de dar duas vidas, se as tivesse.
Corri o “mundo inteiro” atrás de um amor e descobri que ele está aqui, bem ao meu lado pra sempre.
Eu fiz o mesmo durante “longos anos” e para minha surpresa estava tão perto, que é até impossível de pensar, dizer e acreditar.
O tempo todo o mundo girava em torno do nosso amor, pois nesse momento todo, nós estávamos sendo preparados para amar definitivamente.
Eu já não posso viver sem o teu amor, deixa eu me aconchegar nos teus braços, que me abraça com a força de um deus grego.
Se aconchega, se chega, se envereda e se perca em mim, mas tem que ser pro resto da vida.

ÚLTIMO GOLE DE MIM


ÚLTIMO GOLE DE MIM

A CADA DIA
UM POUCO DE MIM
SE VAI PRA SEMPRE
E NADA DE ADEUS
APENAS UMA FALTA FICA
QUE NÃO SE DISSIPA NUNCA
E SALTITA COMO MOLECA TRAVESSA
NUM MEIO DE UM CHUVISCO
TÃO RÁPIDO QUE NEM CHEGA A MOLHAR DIREITO
MAS MOSTRA O ESTRAGO QUE UM SIMPLES AFAGO
PODE FAZER A VOCÊ.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CALEFAÇÃO


EM ALGUM LUGAR QUE NÃO SEI ME PERDI DE MIM
PERDI-ME ASSIM DE FORMA DESAVISADA
ASSIM COMO SE PERDE QUASE NADA.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

MEU NOME



Zaymon surgiu da necessidade de um nome incomum
Já que o meu a meu ver não tem charme nenhum
Zarondy vem por combinação de letras iguais
Foi retirado de um conto de minha autoria
E parece ter sido sussurrado no meu ouvido
E embora tenha pesquisado não encontrei significados concretos
Ai fui ao Z que diz que nomes iniciados com essas letra
Possuem grande coração, criatividade e vitalidade
Além disso, gosta de privacidade e é cheio de segredos
É de personalidade mutável de acordo as situações
E o que mais me chamou atenção foi o fato de procurar
Acreditar que a felicidade existe, e eu creio muito nisso
E assim resisto e insisto, sim eu acredito e meu caminho sigo
Nesse idílio entre letras, poesia e vida deixando uma trilha
Eu sou o poeta Zaymon Zarondy e por isso estou aqui.
Poetizar é minha sina, venha minha trilha seguir...
Trilha de poemas.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ESSE LOUCO QUE MORA EM MIM


Esse louco que mora em mim
Me causa tanta tensão
Esse louco que mora em mim
É minha salvação.
Esse louco que mora em mim
É pura profanação.
Esse louco que mora em mim
É sacro que enche o saco.
Esse louco que mora em mim
É mudo e nem sabe libras.
Esse louco que mora em mim
E essas suas chagas fedidas.
Esse louco que mora em mim
Não paga aluguel e usa véu.
Esse louco que mora em mim
Escara meu corpo e rasga a minha alma.
Esse louco que mora em mim
É revesso de tudo que quero.
Esse louco que mora em mim
É o meu guia e todo dia ele me desafia.
Esse louco que mora em mim
É o mesmo louco que me dá socos e rosas.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

OUTONO EM OUTUBRO


OUTONO EM OUTUBRO

Todo ano
Sinto a presença
Viva do outono
Em outubro
E ganho então
Um abraço saudoso
Do tempo
Então descubro
Ou redescubro
Não sei ao certo
Que algo em mim
Expira e conspira
Para o desfecho
Diante disso estremeço
E por um instante esqueço
Que a cor do meu rubor é rubro.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

DINTORNO

Em cada encontro, um novo confronto.
Em cada nova relação, uma chance pro coração.
Em cada atitude, uma esperança que tudo mude.
Em cada cheiro, outro meio de devaneio.
Em cada conhecimento, um novo movimento
Em cada vento, um momento de esquecimento
Em cada abraço, o surgir de um novo laço.
Em cada aproximação corporal, um sinal para o sensual
Em cada possibilidade de amor, uma nova nuance de dor.
Em cada cilada, um corte.
Em cada rumo, um norte.
Em cada olhar, um ponto de vista.
Em cada poesia, um prisma do dia, uma cria.
Em cada beijo, um novo sabor de desejo.
Em cada enlace, o ápice da paixão.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

MOSAICO HISTRIÔNICO


O palhaço não conseguiu fazer a plateia rir e sim chorar
E por mais que tentasse não tinha êxito em voltar
Tudo parecia ter perdido o tão querido sentido
E mesmo vestido ele parecia visceralmente despido
No meio picadeiro, o pranto se fazia estridente
No centro do palco vinha o cheiro forte e seco do talco
Desse modo ali na sua frente a magia se desfez
E o louco passou a são, e roupas de listras viraram xadrez
Nesse estranho mosaico da existência desse triste palhaço
Ele verteu tantas lágrimas e suor que sua máscara se desfez
Assim como sua fantasia caiu por terra a graça nunca se refez
E ali diante de todos com a cara lavada e estranhamente revelada
O riso mais uma vez se fez.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

OLHANDO A CHUVA PELA JANELA


Em algum lugar longe daqui

Deve existir o inimaginável

Eu sei que há, tem que haver

Existe o que nunca verei

Existe o que jamais terei

Existe o que ainda não saboreei

Existem passos calmos e cautelosos

Existem vozes mansas e suaves

Existe um paraíso e um oásis

Existem molas para novas engrenagens

Existe alguém de pé no portão

Com os braços abertos e os olhos cheios de paixão.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

"Roda-Viva" Seleta de Poesias Edição Especial 2011



“VELHO LIVRO”


Meu mundo é quadrado
Meu destino é um cubo
Meu caminho um triângulo
Meus dias um círculo
Minha vida uma espiral
Minhas noites uma elipse
Meus amores um polígono
Sem retas paralelas
Sem linhas perpendiculares
Sem curvas tangenciais
Sem partes congruentes
Sem peças convergentes
Sem arestas que se encaixam
Apenas com encaixes divergentes
E equações nada condizentes
Com os enunciados propostos
E o gabarito para conferir
No final daquele velho livro
Ao qual o tempo folheia diariamente.

Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos Volume 81


“CIA LTDA.“

Com o passar do tempo
Eu fui vendo lentamente
Ou melhor, fui forçado
A acreditar que nada fica
Nem se faz, tão pouco se refaz
E a gente tem de encarar
Que sempre só está
E embora se queira muito
Viajar na utopia de uma companhia
Acaba-se certamente dando de
Encontro ao abandono, ao
Errôneo e enfadonho desassossego
Da enorme falta que fica
Quando se percebe que as
Coisas se vão, os sentimentos
Se dissipam e as pessoas são
Como paisagens que a gente
Vê passando pela janela ao
Se fazer uma longa viagem;
Essa viagem é como se fosse
Nossa própria vida e com os anos
As lembranças vão ficando
Mais e mais assustadoramente
Distantes da mente, do corpo,
Do espírito e do coração, daí
Vem o vazio inerente a qualquer ente
Todos sinônimos de amor ausente.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

TRILHA


Trilha

Andarilhei pelo deserto
Nadei nos oceanos profundos
Explorei os subterrâneos
Depois voei sem rumo
Entre nuvens celestiais
Até chegar às estrelas.
Viajei pelo universo
Passeei pelo céu,
Corri nu no paraíso
Sofri martírios, vivenciei delírios
Tudo enfim que foi possível.
Circulei o astro rei
Reverenciei a lua
Visitei o infinito
E cá de volta a terra
Te encontrei a minha espera.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

BIODISTÂNCIA




Ao longe... onde todo dia o sol se esconde.
Bem distante de onde estou nesse momento.
Vejo você indo, sumindo, se diluindo, sucumbindo.
Diante do que parece impossível de acontecer:
A vida quer levar você pra sempre de mim.
Logo agora que a distância que antes te levou
Tornou-se a mesma distância que nos aproximou
E de uma forma louca também nos eternizou.
E por analogia nossa incompleta história se completou.
E se redefiniram todas as juras que perderam o sentido.
Assim como o choro, a luta, o improviso, as brigas,
A falta de juízo e até o voo suicida justificaram sua contrapartida.
E o que outrora pereceria esquecido na distante memória
Tornou-se o ponto de pura convergência e sapiência.
E então mesmo que a vida te leve desse plano físico.
Nada vai nos tirar um do outro, pois o nosso amor ganhou status de bem precioso.
Relicário do que existe de mais valioso.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

SEJA FELIZ



Seja feliz com as pequenas coisas da vida
Seja feliz com o ar que respira cada manhã
Seja feliz pela água que toma quando tem sede.
Seja feliz pelo verde das plantas do planeta.
Seja feliz pelos raios do sol na pele e as gotas da chuva na vidraça da janela.
Seja feliz pela beleza estimulante da natureza
Seja feliz pelas novas vidas que nascem e renascem todos os dias
Seja feliz com o amor que passa por você e você não ver e não crer na possibilidade.
Seja feliz mesmo com as coisas que não consegue ser ou ter.
Seja feliz pelas vezes que a sorte tentou te atropelar e você desviou, se desculpou, se virou e foi embora sem olhar para trás.
Seja feliz mesmo sabendo que muitas coisas não te afetaram porque você não se manifestou a favor ou contra.
Seja feliz por tudo que a vida te deu até hoje, das mais complexas as mais simples.
E caso isso não te apeteça, tente e seja feliz pelo simples ato de estar vivo.
Seja feliz e que Deus te abençoe sempre.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

HORAS VAZIAS




Sei que não sou feliz
e se às vezes choro
é tentando fugir de tudo
querendo esquecer o que faz sofrer
usando o desespero como proteção da solidão
nem sempre isso funciona
e aí a angústia vem em dobro
mesmo correndo feito louco
não dá pra se livrar do sufoco
sem opção simulo outras emoções
e vivo por algumas horas
uma quase doce mentira
que acaba noutra nova decepção.


domingo, 7 de agosto de 2011

Poesia publicada no Livro "Versos para Maria" - Agosto de 2011



Maria

Com o frio vem o vazio
Trazendo aquela ventania
Junto a letargia e a maresia...
E por instantes ouvi sua voz
Revi seu corpo por entre os lençóis
Revivi cada momento
Que ficamos a sós
Foram poucos eu sei
Mas durante esse curto tempo
Eu me entreguei sem limite
Te amei sem escutar palpite de ninguém
Sem jamais olhar pra outro alguém
E com nostalgia reli aquela sua poesia
Que falava de melancolia, de arrelia,
Da noite fria, da mente vazia,
Da fina chuva que caía...
Dos dias sem poesia, sem Maria.

Poesia publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 80 - Agosto de 2011





Ele e as estrelas


Ele olhava para as estrelas
Seus olhos não abarcavam a todas.
Ele as contava uma a uma
Elas eram incontáveis.
Ele queria muito ser uma delas
Mas sabia que jamais seria...
Nem ao menos teria o brilho delas.
Ele queria estar onde elas estavam
Mas seu lugar era aqui sem elas
Sem ser uma delas
Ser ter a grandeza delas
Sem ter a beleza vista nelas
Sem ser apreciado como elas
E assim ele seguia seu rumo
Sem ser estrela do céu
Sem ser estrela na Terra.

Conto publicado no Livro "Contos de Inverno" - Agosto de 2011






A descoberta de um sonhado mundo novo



Lequinho era um menininho que vivia sem casa, sem família e sem afeto desde sempre. Tinha 8 anos, contudo era diferente dos outros meninos que com ele viviam na rua. Lequinho se recusava a fazer certas coisas como cheirar cola e roubar. Em vez disso ele preferia sonhar. Apenas sonhar. Ele criara uma fantasia que na verdade uma perversa bruxa o tinha raptado do seu mundo encantado desde que nascera e então como era má, muito má mesmo, resolveu deixá-lo na rua, na esperança de que o garotinho morresse. Contradizendo as previsões da perversa personificação da maldade, o garoto franzino e de boa índole sobreviveu em meio às adversidades do meio em que transitava dia e noite.
Em contrapartida a seu sofrimento Lequinho confiava que um dia como toda estória com final feliz que se preze, apareceria do nada a tal fada boa, a personificação do bem: a esperada fada madrinha que o salvaria e o levaria para o seu mundo encantado. Onde ele seria feliz para todo o sempre junto dos pais e dos irmãos. Sim, diferentemente dos outras histórias infantis, ele não queria ser filho único, queria muitos irmãos para brincar no castelo do seu pai que devia ser rei no suposto mundo encantado, idealizado e esperado.
E assim vivia o Molequinho, que por falta de um nome decente, cortou a primeira sílaba desse apelido e ficou Lequinho, agora sim ele tinha um nome de verdade. Tendo esse sonho fantástico como consolo Lequinho vivia feliz, se não fosse à realidade que o chamava para a razão. A fome, o frio, a falta de amor, a falta de tudo o faziam sofrer e ele fugia do sofrimento todos os dias desde que se entendera por gente.
Um dia algo imprevisível aconteceu de repente. Lequinho fugia da Gang de Baixo junto com seu gatinho preto cujo nome era Torrão. Assim como ele Torrão fora criado na rua e um belo dia Lequinho acordou com aquele gato preto dormindo nas suas costas, bem aconchegado, querendo fugir do frio, do vento, do relento, da solidão. E então ele em vez de espantar o gato, aconchegou-se mais a ele e sentiu que dali para frente sua vida tinha sentido. Aquilo era mágica pura ele concluiu sorrindo contente. Ele tinha a quem amar, não estava mais sozinho. Na certa fora a sua fada-madrinha que mandara o gato para lhe fazer companhia até sua partida para o mundo encantado.
E a partir desse dia todo vez que Lequinho dormia ele sonhava com o mundo encantado e sorria mesmo em sono profundo.
E foi assim que Lequinho junto com Torrão conseguiram fazer a descoberta de um sonhado mundo novo.
Tem horas que o sonho vira sinônimo de esperança. Tem horas que é preciso acreditar no sonho para poder continuar vivendo. Tem horas que nada cabe melhor que um sonho para ressignificar a vida e dá um sentido novo a tudo.
Por isso nunca pare de sonhar e sempre acredite que um dia esse sonho pode se realizar.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

AMOR INERENTE

ANDANÇAS



ANDANÇAS

Meu olhar anda muito.
Meu pensamento também.
Meus pés andam até cansados.
Meus desejos andam num vaivém.
Minhas dores andam ao redor cobertos de suor.
Meus dissabores seguem meu rastro feito cão perdigueiro.
Meus fantasmas, esses não querendo carrego nas costas.
Meus segredos andam prestes a cair em cadafalso.
Meus sentidos andam embriagados, quase anestesiados.
Minhas decepções andam léguas ao meu encontro.
Minhas alegrias andam meio em falso, mas andam.
Meu futuro mesmo andando bastante não consigo avistar.
E embora andando tenho a sensação de não sair do lugar.
Meus medos andam ao lado.
Esperando um passo errado.
Meus amigos que pena não andam comigo.
Meus amores andam a exaustão na contramão.
Por isso tudo em mim anda.
Menos o coração, esse não anda, voa veloz.

terça-feira, 26 de julho de 2011

AMIZADE




AMIZADE...

Amizade...
É impulso de viver.
É alegria transportada
É a alma docemente afagada.

Amizade...
É liberdade de expressão
É o contato de coração a coração
É o carinho em aproximação.

Amizade...
É essa cumplicidade
É essa cordialidade
É o amigo querido sempre presente
Em nossa vida diariamente.

HISTÓRIAS PARA VOCÊ DORMIR 2



Título: HISTÓRIAS PARA VOCÊ DORMIR 2
Poema: A estória do menino que queria ser poeta

Era uma vez...
Um menino chamado Pedro
Pedroca para os amigos
Diziam alguns que era boboca
Comedor de pipoca
Gostava de paçoca
Morava numa palhoça
Andava de carroça
Comia mandioca
Gostava de beijoca
Fugia de velha coroca
Vivia atrás de minhoca
Para pescar, assim era o Pedro Pedroca
Mas o Pedroca não tinha nada de boboca
E na verdade queria ser apenas o Pedro Poeta.

ENTRELINHAS LITERÁRIAS ANTOLOGIA SCORTECCI DE POESIAS CONTOS E CRÔNICAS.



Título: ENTRELINHAS LITERÁRIAS ANTOLOGIA SCORTECCI DE POESIAS, CONTOS E CRÔNICAS.
Editora: EDITORA SCORTECCI.
Participação com o conto: Lembranças ao Vento - o amor pode resistir até mesmo a morte quando o destino assim já determinou.

5ª ANTOLOGIA BECO DOS POETAS - POEMAS & CONTOS




TÍTULO: 5ª ANTOLOGIA BECO DOS POETAS
EDITORA: GRUPO EDITORIAL BECO DOS POETAS E ESCRITORES LTDA
Poemas: A cova da rosa; Senhoras das horas; Sangue & Argila; Desfragmentações.
Contos: Sorrindo para o sonho; Lembranças ao vento; Olhos de floresta; Abnegação; Vida & Estações.

ANTOLOGIA LITERÁRIA CIDADE VOL.III



Título: ANTOLOGIA LITERÁRIA CIDADE VOL.III
Autor: Diversos
Editora: L & A EDITORA, BELÉM/PA
Texto: EXISTÊNCIA SOFRIDA e CICLOTIMIA

VOZES DA ALMA ANTOLOGIA POÉTICA VOL. I




Título: VOZES DA ALMA ANTOLOGIA POÉTICA VOL. I
Autor: Diversos
Editora: PENSATA
Texto: TU

Teus olhos nus
Refletem toda a luz
Numa fração de segundos
E através do clarão vejo o mundo
Daí divago na eternidade...
De beijos com gosto de saudade.

Teu rosto transluz
Absorvendo duma forma que seduz
Fico então absorto, revolto
E desejo está sempre envolto
No eficaz e audaz aquém
Lá onde, o sol se esconde
Mais bem longe, no salutar além.

Teu corpo induz
Sem permitir fuga ou desculpa
Invade com alta velocidade
Instala-se sem permissão
E quando se percebe a excitação
Já tem tomado conta, e nem se afronta
Qualquer protesto e então o amor suplanta o teto.

COLETÂNEA DE POESIAS MELHOR DA WEB


TÍTULO: COLETÂNEA DE POESIAS MELHOR DA WEB
AUTOR: Diversos
EDITORA: USINA DE LETRAS
Textos: CURTO CIRCUITO I e DE REPENTE

I SELETIVA BECO DOS POETAS DECLARAÇÃO DE AMORÀ POESIA


TÍTULO: I SELETIVA BECO DOS POETAS DECLARAÇÃO DE AMOR À POESIA
AUTOR: Diversos
EDITORA: GRUPO EDITORIAL BECO DOS POETAS E ESCRITORES LTDA
Poemas: CENA & ACENO; O BARCO DA DESPEDIDA.




CENA & ACENO

Aglutino ações e reações
Aglomero emoções
Redimensiono situações
Perambulo pelo intimo
Enfileiro sentimentos
Descrevo todos os momentos
Trafego no real e surreal
Aqueço a fantasia
Reverencio o amor
Chacoalho o vazio
Ovaciono a paixão
Conclamo ao belo da vida
Sou copiloto de uma viagem fantástica...
Como faço todas essas proezas?
Simplesmente escrevo poemas
Entre uma lírica cena
E um aceno da inspiração.

..................................................................................
O BARCO DA DESPEDIDA

Muito triste...
Ver o barco sumir
No horizonte.
Ele some devagar
Se perde no sol
E temos a sensação
Ruim que sumiu pra sempre
E que jamais voltará.
E aquela distância é intransponível
E fica apenas a sensação de perda, de falta, de vazio
O barco se foi... eu queria e não queria... .
Queria pois tinha certeza que jamais partiria
Tinha certeza que mesmo mal talhado o barco pra sempre tinha aportado
E nunca mais viajaria e nesse porto mesmo inseguro atracaria... e ficaria
Mas a inquietude da vida ou a turbulência do mar, o chamou e ele teve que partir
Teve de ir e como foi difícil a partida tão doída e assim numa onda intempestiva
O barco desatracou, levantou ancora e zarpou a todo vapor e no seu lugar nada ficou...
A não ser a amarga sensação de que aquele barco fora o barco do amor que nunca chegou.

COLETÂNEA DE POEMAS, CRÔNICAS E CONTOS – ELDORADO_VOL.XIX





TÍTULO: COLETÂNEA DE POEMAS, CRÔNICAS E CONTOS – ELDORADO_VOL.XIX
AUTOR: Diversos
EDITORA: Editora Sucesso (www.celeirodeescritores.com)

conto: OLHOS DE FLORESTA

I ANTOLOGIA ACAPEC - 2011






TÍTULO: I ANTOLOGIA ACAPEC - 2011
AUTOR: Diversos
EDITORA: SAPÉRE


PARTICIPANTES:
Abraxus
Alex George
Altair José dos Santos
Capitão Anilto
Delmo Fonseca
Edison Rodrigues Paulino
George Nunes
Gil Façanha
Hildebrando Menezes
Ivan Melo
Jaime da Silva Valente
Laura Duque
Luciah López
Luciene Freitas
Luis Roberto Martins Felippe
Maria Helena Machado
Mariângela Pamplona
Mônica Pamplona
Olga Fonseca
Paulo Monteiro Jr
Pedro Jorge Peu
Rick Steindorfer
Sheila Assis
Silvia Ferreira Lima
Sônia Amorim
Telma Brilhante
Zaymon Zarondy: Marina; Mosaico histriônico; Sara Sarrafo; Simão Simun.

ALMA GÊMEA - ANTOLOGIAS






TÍTULO: GÊMEA_vol.II - 2011
EDITORA: GRUPO EDITORIAL BECO DOS POETAS E ESCRITORES LTDA

ESTOU NESSE VOLUME COM AS POESIAS "VOO MEU" E "PEGADAS DE POESIAS"