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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

GOSTO DE VENENO


Gosto de veneno...
No sereno,
No ameno,
No desenho.


Gosto de veneno...
No terno,
No eterno,
No reverso.


Gosto de veneno...
Na lágrima,
Na lástima,
Na sátira.


Gosto de veneno...
Na boca,
Solta,
Envolta,
No corpo,
De novo em agosto,
No nu e cru desgosto
Perdido na última:
Imagem do teu rosto.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

MARIA FLOR




Maria da Luz andava às cegas pela vida..
Maria da Fé, não acreditava em quase nada.
Maria da Paz estava angustiada por demais.
Maria da Glória ainda não viverá nenhuma.
Maria da Esperança transitava entre esperanças vãs.
Maria da Anunciação não conseguia vender nada.
Maria de Purificação, de pura somente tinha o nome.
Maria do Amparo se recusava a fazer jus ao nome.
Maria Auxiliadora, essa era o cúmulo do egoísmo.
Entre tantas outras Marias estava ela Maria Flor
Que mesmo entre adversidades conseguia ser flor em qualquer jardim.