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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CEMITÉRIO DE AMORES






No meu cemitério interior

Jaz tantos amores inglórios

Uns com memória

Outros sem história

Uns dentro de covas rasas

Outros em vala-comum

Alguns morreram feto

Poucos morreram senis;

E os demais eu mesmo matei

E alguns foram enterrados vivos

Por puro vício e castigo

Que me perdoem todos foi preciso.

Um ou dois cometeram suicídio

E um ou outro sepultei como indigente

Sem direito a lápide, a coroa de flores

A visita no dia de finados ou vela no quarto

Nem epitáfio de identificação ou oração.

E assim vago entre esses amores mortos

Nesse necrópole de sentimentos ausentes

Localizado em algum lugar perdido

Nisso que chamam coração

E nesse cemitério sendo o coveiro

Eu cuido de tudo do nascimento ao enterro.

7 comentários:

  1. haha*
    Que diferente.../Muito bom, ZZ.

    [bom sábado]

    http://contosdarosa.blogspot.com

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  2. Legal Zaimon, gostei muito. Isto é que é inspiração.

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  3. Vim te visitar e deixar meu abraço,minha amizade e meus votos de um FELIZ NATAL, com muita paz, saúde e prosperidade para você e todos de sua família.BOAS FESTAS!!!

    Que DEUS sempre te ilumine e te encha de bençãos por toda sua vida.
    Um carinhoso abraço do amigo,
    RUBI VALENTE
    (Fujioka-Shi, JAPAN).

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  4. Desejo toda felicidades e alegria nesse novo ano.
    que seus sonhos possa se realizar e aquilo que almejas possas encontrar. Que Deus na forma de jesus encha seus lares trazendo paz.

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  5. E assim vago entre esses amores mortos...
    Muito profundo, passando para retribuir a visita e gostei bastante.
    Espero contar sempre com sua presença.
    Bjos!

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  6. Gostei muito desse poema.Quem não viveu um pouco disso?

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