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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
CEMITÉRIO DE AMORES
No meu cemitério interior
Jaz tantos amores inglórios
Uns com memória
Outros sem história
Uns dentro de covas rasas
Outros em vala-comum
Alguns morreram feto
Poucos morreram senis;
E os demais eu mesmo matei
E alguns foram enterrados vivos
Por puro vício e castigo
Que me perdoem todos foi preciso.
Um ou dois cometeram suicídio
E um ou outro sepultei como indigente
Sem direito a lápide, a coroa de flores
A visita no dia de finados ou vela no quarto
Nem epitáfio de identificação ou oração.
E assim vago entre esses amores mortos
Nesse necrópole de sentimentos ausentes
Localizado em algum lugar perdido
Nisso que chamam coração
E nesse cemitério sendo o coveiro
Eu cuido de tudo do nascimento ao enterro.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
TERRA & PÃO
Para o cemitério
Todos estamos indo para lá
Seja de onde vier
Seja de qualquer lugar
Não tem jeito
Não adianta relutar
Ele é o nosso eterno lar
E querendo ou não
É regra sem exceção
A hora da infinita comunhão
Pois da terra somos o pão.
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